Um beijo...

segunda-feira, 15 de junho de 2009 |

É comum passarmos por experiências desagradáveis a dois. Mais comum ainda é guardar certo trauma de experiência do tipo. E como se não bastasse, a humanidade mantém o perfil lógico e tende a evitar situações capazes de trazer de volta momentos que lembrem como foi desagradável ter passado por aquilo.

- Decepções... “Poxa, eu nunca que pensei que essa pessoa fosse capaz disso!
- Frustrações... “Por mais que eu tente e espere, fulano não muda!
- Esperanças despedaçadas... “E ela voltou a fazer isso novamente!
- Inevitabilidades... “Eu tinha certeza que isso ia acontecer!
- Traições... “Ele bem que poderia ter sido transparente e dito não me querer mais!

Sentimentos que sempre têm grande peso quando se está em questão tentar um novo relacionamento após ter passado por coisas do gênero.

Medo de sofrer? Medo de fazer o outro sofrer? Medo de decepcionar? Ou de se decepcionar?...
Questionamentos que sempre pairam em nossa mente fazendo-nos tentar programar como será nossa desenvoltura quando imersos em uma nova relação. Ilusão de poder controlar o que iremos sentir, como reagir, o quê demonstrar ou não... De repente, nos flagramos em meio a um caso específico, tão específico a ponto de nos fazer perceber que idéias pré-programadas também podem ser falhas e injustas.

Tudo bem que estamos lidando com humanidade e você, tão bem como qualquer outro, sabe o significado de ser humano. Basta olhar um pouco ao redor e se deparar com a miséria, as guerras, a ambição pelo poder, a crueldade de muitos, dentre vários outros.

OK. Mas no fundo eu sei que não é justo tratar outrem como se todos fossem iguais. E agora, você já se percebe numa posição mais tolerante. Vai deixando se contagiar pelo que a pessoa emana de si própria, pelo modo como ela pode ser parecida ou entender você. E então, sorrateira e fatalmente, você percebe que todos os planos de se manter livre de envolvimentos a fim de evitar dor ou desilusão já não pertencem mais ao que seu comportamento demonstra.

Pode-se declarar entregue, amigo(a)! hehe... o sentimento de satisfação em estar junto se torna maior à aversão por precisar estar junto! As coisas soam inexplicavelmente mais agradáveis e agora, não é só isso que te pega desprevenido, mas também quando você vê que já chegou a hora de ir embora tendo que adiar tudo o que não foi feito (e você sempre vai achar que poderia ter feito mais!) para o próximo ‘encontro’.

Aquela idéia vai martelar em sua cabecinha por um bom tempo: “Será que ela vale mais do que a idéia de que posso sofrer por ela? Será que não vai ser do mesmo jeito? Será???...”

Quem sabe, se render a um beijo sincero e verdadeiro possa te trazer as respostas das quais precisa! Mas não esqueça: não um beijo qualquer; um beijo único... em alguém único para você!

3 comentários:

Anne Ignea disse...

Pensamos em tudo que ja nos aconteceu e tomamos esses momentos vividos como parte do que acontecerá no futuro... principalmente se o passado foi angustiante... Nos privando de sentir novas sensaçoes... mesmo que nos lembre sensaçoes que nos causaram dor... mas, que nao deixa de ser nova... pessoa diferente, momento e lugar diferente... =) Simplesmente se entregar a sentidos... não á nossa falha intuição... ^^
a tempos resolvi manter-me guiada pelo oque sinto, sentimento!! Isso sim, não aspira a certeza da intuição... mas, liberta dando a sensação de que se é livre...
Sim, concordo 100% com beijar verdadeiramente!
Só assim percebemos o quao tolos fomos e quanto vale a pena se arriscar... =) Bello post cara de ratu! rsrsrsr... t adoro... =)

Maraysa Carvalho disse...

Viajei nas suas palavras...
Não sei porque ficas tanto tempo sem escrever, nos privando de sua escrita tão gostosa... >.<
Tortura!!

(Tá, eu sei pq vc n escreve tanto, senhor 'estou ocupado, estou trabalhando'... Mas vê se n demora outros 4 meses para atualizar esse espaço aqui, viu? ^^')

Adoro tu.

*M

Dyane disse...

Interessante.

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